terça-feira, 3 de junho de 2008

Gineta



A Gineta (Genetta genetta) é um pequeno mamífero carnívoro pertencente à família Viverridae. Apesar da sua semelhança a um gato, os seus parentes mais próximos, segundo a genética, são as hienas. São animais arborícolas.


Possuem uma cauda longa e pintas pretas sobre um fundo amarelado ou acinzentado. São ávidas caçadoras de roedores, tendo sido por isso muito apreciadas como animal de estimação nos séculos passados, até à altura em que o gato doméstico tomou o seu lugar. Para além dos roedores, alimenta-se de répteis, aves, anfíbios, ovos e ocasionalmente bagas.


Ocorre na parte mais ocidental da Europa e em toda a África. É classificada como Vulnerável segundo a Lista Vermelha do IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

Mocho-galego



O Mocho-galego (Athene noctua) é uma pequena ave de rapina nocturna pertencente à ordem Strigiformes, na qual se incluem também as corujas. Normalmente não ultrapassa os 23 cm de comprimento e os 54 cm de envergadura de asas.


Ocorre desde o Norte de África e Europa Ocidental até ao Extremo Oriente. É uma espécie bastante comum no nosso país, embora se encontre em declínio noutros países europeus, devido à diminuição de locais para a nidificação e à esterilização ou morte por ingestão de determinados pesticidas. Tem preferência para zonas abertas, quentes, de vegetação baixa, colonizando, no entanto, zonas urbanas e semi-urbanas, desde que haja disponibilidade de refúgio e alimento.

Da sua dieta fazem parte principalmente os invertebrados, como insectos e minhocas, mas também diversos tipos de roedores, musaranhos, e ocasionalmente anfíbios e répteis.
Ao contrário da maioria dos Strigiformes, estes mochos adoptam por vezes hábitos diurnos, sendo por isso fácil a sua observação, até mesmo nas horas de maior luminosidade.


A sua coloração e padrões possibilitam a esta espécie tornar-se muitas vezes imperceptível quando imobilizada, camuflando-se entre os troncos e pedras, o que é duplamente vantajoso, pois permite ao animal não ser visto tanto pelos predadores como pelas presas.
É comum ouvir o seu piar durante a noite ou durante as horas crepusculares.

Cobra-de-água-viperina


A Cobra-de-água-viperina (Natrix maura) é uma cobra inofensiva frequentemente encontrada perto de cursos de água, lagoas e barragens. Não constitui perigo para o Homem, dado não possuir veneno, não ser agressiva e ser de tamanho reduzido. Atinge cerca de 70 cm e é uma excelente nadadora. Alimenta-se principalmente de peixe e de anfíbios, como a rã, e também insectos e tritões. Por vezes alimenta-se de ratos, não sendo isso comum.


Visto grande percentagem da sua dieta estar directamente dependente da água, esta cobra encontra-se ameaçada pela poluição e desaparecimento dos cursos de água, mas também por outros factores, como o atropelamento, embora seja uma espécie ainda relativamente abundante, principalmente a sul do país.


É frequentemente predada por inúmeros carnívoros, como a garça, a lontra, a águia e até mesmo por outras cobras. Um interessante mecanismo de defesa desta espécie consiste no mimetismo: ao se sentir ameaçada, a cobra dobra ligeiramente a cabeça, sibila e levanta a parte anterior do corpo, assemelhando-se a uma víbora venenosa. Isto afasta muitos predadores, que na dúvida preferem não arriscar.

Grilo-toupeira


O Grilo-toupeira (Gryllotalpa gryllotalpa) é um grilo escavador de túneis, de corpo rígido e fortes patas dianteiras altamente adaptadas à escavação, pertencente à ordem Orthoptera.


Alimenta-se principalmente de animais que vai encontrando enquanto escava, como minhocas e besouros, mas também de raízes e tubérculos, danificando por vezes as colheitas.


As asas anteriores são curtas, enquanto as posteriores são desenvolvidas. Mede cerca de 4,5 cm. Habita nos campos, terras cultivadas e relvas com solo húmido, raramente vindo à superfície.
É considerado raro em alguns países da Europa, mas em Portugal existem populações estáveis desta espécie.


Por vezes produz sons com o raspar das asas que podem ser ouvidos a mais de meio quilómetro de distância.

Ouriço-cacheiro



O Ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus) é um pequeno mamífero espinhoso pertencente à ordem Insectivora. Ocorrem em toda a Europa. São omnívoros altamente oportunistas, visto terem uma alimentação bastante variada que inclui insectos, minhocas, moluscos, anfíbios, répteis, ovos e até bagas de plantas silvestres e cogumelos.


Estão bem adaptados à vida nocturna, e apesar do seu corpo coberto por cerca de 6000 espinhos (que não passam de pêlos altamente rígidos e aguçados) são por vezes predados por corujas-das-torres e toirões. São frequentemente vítimas de atropelamento, quando tentam atravessar estradas (a maioria de nós certamente já viu um ouriço morto à beira da estrada). A redução do seu habitat também tem vindo a contribuir para a diminuição do seu número.


No entanto, esta espécie é considerada relativamente abundante, e encontra-se distribuída por todo o território nacional. É frequente serem encontrados em jardins públicos, hortas e plantações, onde a sua presença é muitas vezes valorizada, pela sua capacidade de eliminação de muitas espécies de insectos parasitantes das plantas, pelo que é um bom “pesticida” biológico. Para além dos locais ocupados pelo Homem, estes animais habitam variadíssimos tipos de bosque e floresta.


Costumam entrar em hibernação nos meses mais frios devido às baixas temperaturas e à escassez de alimento.

Víbora-cornuda



A Víbora-cornuda (Vipera latastei gaditana) é uma cobra venenosa, que apesar de não ser agressiva, tem sido vítima do ser Humano desde que este existe. Atinge por volta de 70 cm e alimenta-se principalmente de roedores, mas também de aves, anfíbios e répteis.


Só ataca quando se sente ameaçada, fugindo sempre que pressente a presença humana. O seu veneno não é forte o suficiente para matar um ser humano adulto, mas talvez o seja para uma criança ou um idoso. No entanto são quase nulos os casos fatais de ataques de víbora.

Na zona Oeste, estas cobras encontram-se apenas na Serra de Montejunto, onde são bastante raras.

Ao contrário da maioria das cobras, esta é ovovivípara, o que significa que os ovos são incubados no interior da fêmea até à nascença das crias.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Osga-comum


A Osga-comum (Tarentola mauritanica) é um lagarto nocturno conhecido por todos, mas em volta do qual existe muita superstição e misticismo. Ao contrário das crenças populares, este lagarto é totalmente inofensivo, não apresentando qualquer risco para o Homem. Crenças como a de que estes animais são peçonhentos ao toque, de que se enrolam no pulso e causam a morte à pessoa dentro de alguns dias ou que caem nas panelas de sopa causando também a morte a quem as ingere são nada mais do que produtos da imaginação do ser humano, portanto não há que ter receio. Podem, no entanto, morder quando agarradas, sendo-nos isso prejudicial unicamente pela dor que causa.

Estes pequenos lagartos trazem-nos um enorme benefício: alimentam-se de insectos, muitos dos quais prejudiciais ao ser humano, como o mosquito e a mosca, impedindo que estes cheguem até nós e nos suguem o sangue ou depositem larvas na nossa comida. Pense nisto antes de pegar na vassoura com intenção de matar uma osga.

Esta espécie encontra-se distribuída por todo o sul da Europa e Norte de África. Encontra-se muitas vezes nas paredes de casas abandonadas e até mesmo nas habitadas.

Como defesa, por exemplo, a um ataque de uma ave, a osga liberta a cauda, e esta movimenta-se, atraindo a atenção do predador, permitindo ao réptil fugir para um local seguro.
Este réptil tem capacidade de mudar de cor, desde o branco ao castanho muito escuro.